Homem que sequestrou e tentou matar a ex, avisou pastor que a deixou perto de rio e pediu que religioso cuidasse dos filhos dele e da vítima
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, resgatou uma mulher que foi sequestrada e baleada pelo ex-marido na manhã da última terça-feira (4). O suspeito, Jelson Luiz Romão, segue foragido e teve a prisão preventiva decretada.
De acordo com a GCM, logo após o crime, Jelson enviou mensagens ao pastor da igreja que frequenta, afirmando que havia matado a ex-esposa e pedindo que o religioso cuidasse dos filhos do casal. O pastor acionou as autoridades, que conseguiram localizar a vítima com vida em uma área de mata próxima a um rio, na estrada que dá acesso à região do Taquari dos Polacos.
A mulher, de 29 anos, foi baleada no tórax e na cabeça. Ela foi socorrida em estado grave e levada a um hospital de Ponta Grossa, onde permanece internada em condição estável.
Segundo as investigações, a vítima foi interceptada e sequestrada a caminho do trabalho. “O investigado forçou a vítima a entrar em seu veículo. Durante o sequestro, ela conseguiu enviar um áudio ao namorado, identificando expressamente o agressor e pedindo socorro”, explicou o delegado Luis Gustavo Timossi, responsável pelo caso.
Em um ato descrito como “particularmente grave”, testemunhas relataram que Jelson estava em ligação com o filho adolescente do casal no momento em que efetuou os disparos contra a ex-companheira.
A família da vítima contou à polícia que o crime teria sido motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. O casal havia se separado há cerca de quatro meses, após um relacionamento de 15 anos, marcado por agressões físicas e verbais.
“Segundo depoimentos colhidos, o investigado não aceitou o término do relacionamento e passou a perseguir, ameaçar e intimidar a vítima de forma reiterada. A motivação do crime foi ciúme obsessivo, uma vez que ela havia iniciado um novo relacionamento”, afirmou o delegado.
Denúncias:
Informações sobre o paradeiro de Jelson Luiz Romão podem ser repassadas anonimamente pelos telefones 197 (Polícia Civil) ou 181 (Disque-Denúncia).
Em casos de emergência ou risco imediato, a Polícia Militar deve ser acionada pelo 190.
