Homem morto por tiro ao subir em muro: vizinho é condenado a 19 anos de prisão

Novembro 6, 2025 - 15:50
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Homem morto por tiro ao subir em muro: vizinho é condenado a 19 anos de prisão
Reprodução

Após mais de 12 horas de julgamento, Agnaldo da Silva Orosco foi condenado a 19 anos e três meses de prisão, em regime fechado, pela morte de Bruno Emídio da Silva Júnior, de 33 anos. O crime ocorreu em março de 2024, no distrito de Pirapó, em Apucarana, norte do Paraná.

Agnaldo foi considerado culpado por homicídio qualificado por motivo fútil e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (5), no Fórum de Apucarana.

De acordo com as investigações, Bruno foi atingido no rosto por um disparo de arma de fogo no momento em que subiu no muro para observar o imóvel vizinho, após ouvir barulhos durante uma confraternização. Câmeras de segurança registraram o instante em que o homem foi alvejado.

Segundo depoimentos, Bruno estava em um churrasco com familiares e a namorada na casa dos tios. Por volta das 22h40, os presentes ouviram disparos e pensaram que o vizinho soltava bombinhas. Ao tentar verificar o que estava acontecendo, Bruno subiu em um varal e colocou a cabeça por cima do muro — instante em que foi baleado.

O delegado responsável pelo caso, André Luís Garcia, informou que havia várias marcas de tiros na casa de Agnaldo, indicando que outros disparos foram feitos. No local, a polícia apreendeu uma espingarda calibre 12, uma pistola 380, além de munições intactas e deflagradas.

Bruno morreu na hora, apesar das tentativas de socorro feitas pela família e pela equipe do Samu. Após o crime, Agnaldo fugiu, mas se apresentou à polícia dois dias depois. O mandado de prisão preventiva foi expedido no dia 13 de março.

Em depoimento, o réu afirmou ter agido em legítima defesa, alegando que acreditava estar sendo vítima de uma invasão. A defesa de Agnaldo informou, em nota, que irá analisar a sentença e não descarta recorrer da decisão.

“A Defesa de Agnaldo da Silva Orosco inicia imediatamente o estudo minucioso do quantum da pena fixada. Esta análise é indispensável para verificar a estrita observância aos parâmetros legais da individualização da pena”, diz o comunicado.

Até a última atualização, a defesa da família da vítima não havia se manifestado sobre o resultado do júri.