Jovem perde visão central após fazer estrelinhas na praia; Entenda!

agosto 12, 2025 - 14:16
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Jovem perde visão central após fazer estrelinhas na praia; Entenda!
Reprodução/Redes Sociais

O que era para ser apenas uma brincadeira inocente entre amigos na praia acabou se tornando um pesadelo que durou meses para Deborah Cobb, moradora de Seattle, nos Estados Unidos. Aos 19 anos, ela perdeu a visão central após tentar fazer várias "estrelinhas" seguidas na areia.

De diversão a preocupação

"Decidi ver quantas estrelinhas eu conseguiria fazer seguidas, só por diversão. Comecei a fazer e cheguei a 13, até cair muito tonta", contou Deborah. Segundo ela, seus olhos começaram a girar, e logo percebeu que não estavam focando corretamente.

A princípio, a jovem riu da situação, sem imaginar a gravidade do que estava por vir. "Não havia dor, e minha visão periférica estava normal. Mas tudo o que eu olhava diretamente estava bloqueado por uma mancha laranja", relatou.

Diagnóstico tardio

Deborah comentou o problema com a mãe, que inicialmente minimizou a situação. Mas, sem sinais de melhora no dia seguinte, seu padrasto decidiu buscar ajuda e acionou um amigo da família, que é oftalmologista. O profissional recomendou atendimento médico imediato.

No hospital, os médicos inicialmente suspeitaram de uma queimadura solar na retina, e o primeiro tratamento foi repouso e evitar luz intensa. No entanto, os sintomas persistiram.

Hemorragia nas máculas

Um especialista consultado posteriormente identificou a real causa do problema: hemorragia nas máculas dos dois olhos. A mácula é a parte central da retina responsável pela visão detalhada.

"Eu tinha sangrado em ambas as máculas e levaria de três a seis meses para cicatrizar completamente", explicou Deborah. O oftalmologista Rajesh C. Rao, em entrevista à Newsweek, destacou que a retina é como um "papel de parede" fino que reveste o fundo do olho e capta a luz. Quando há hemorragia macular, a visão de detalhes pode ser reduzida ou completamente perdida.

Impacto na rotina e saúde mental

A perda da visão central teve um impacto profundo na rotina de Deborah. "Eu não podia dirigir, ler, me ver no espelho, o que significava que não podia me maquiar, nem assistir TV", relatou.

O momento de maior choque, segundo ela, veio dias depois. "Comecei a chorar. Foi a primeira vez que percebi totalmente o quanto eu estava limitada e dependente dos outros para coisas simples, como ler, algo que eu sempre considerei natural."

Raro em pessoas jovens

Casos como o de Deborah são considerados extremamente raros, especialmente em pessoas jovens e saudáveis. Segundo o Dr. Rao, movimentos repetitivos com a cabeça para baixo podem aumentar a pressão nas veias da retina, e algumas pessoas podem ser predispostas a esse tipo de hemorragia.

Recuperação e sequelas

Três meses após o episódio, Deborah conseguiu recuperar a visão central. Hoje, aos 42 anos, ela ainda convive com flashes de luz e manchas flutuantes, consequências de um descolamento do gel vítreo. "A única opção é cirurgia, mas ela quase sempre causa catarata, o que significaria outra operação. Então, estou bem em viver com isso", afirmou.

Apesar das sequelas, ela afirma que o episódio mudou sua forma de enxergar a vida. "Me deu muita empatia por pessoas que lidam com deficiências de longo prazo. A minha durou pouco, mas me deu uma nova perspectiva de viver totalmente dependente de outras pessoas", escreveu Deborah em sua conta no Instagram.

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