Enfermeira morre após hospital confundir dores de infarto com gases
A enfermeira Paula Ivers, de 47 anos, morreu três dias após procurar atendimento médico e ter seus sintomas de ataque cardíaco interpretados como problemas digestivos. O caso, divulgado pela família nas redes sociais, acendeu um alerta sobre possíveis falhas em atendimentos de emergência e diagnóstico precoce de doenças cardíacas.
Segundo a irmã, Lesley Ivers, Paula buscou ajuda no hospital após sentir uma dor intensa no peito, que descreveu como “pior que o parto”. Apesar da gravidade do relato, os exames iniciais não apontaram alterações, e a equipe médica concluiu que ela sofria de gases. A enfermeira foi orientada a tomar antiácidos e voltar para casa.
Três dias depois, Paula foi encontrada desacordada no chão da própria casa pela filha de 9 anos. A investigação confirmou que ela sofreu uma dissecção da aorta, uma ruptura interna severa e potencialmente fatal, que evoluiu para um ataque cardíaco.
Histórico cardíaco ignorado
O depoimento da irmã revela que havia um histórico familiar importante: o pai de Paula também morreu jovem por causas cardíacas. Mesmo assim, os sintomas da enfermeira foram classificados como “baixo risco”, e exames mais aprofundados não foram solicitados.
O relatório do inquérito apontou que Paula não deveria ter sido liberada, considerando a intensidade da dor, o histórico familiar e a descrição atípica dos sintomas — fatores que exigiriam avaliação mais rigorosa.
Profissional dedicada e vítima de descaso
A morte de Paula causou profunda comoção entre colegas e familiares. A enfermeira atuou por mais de 20 anos no cuidado de crianças, sendo reconhecida pela postura serena, empatia e compromisso com os pacientes.
Para a família, a tragédia carrega uma ironia dolorosa: Paula dedicou a vida ao cuidado dos outros, mas não recebeu o mesmo zelo quando precisou.
Família faz apelo por mais atenção aos sintomas
A irmã Lesley faz agora um apelo para que outros pacientes e profissionais de saúde levem a sério sintomas atípicos ou muito intensos, especialmente quando envolvem:
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Dor forte no peito
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Falta de ar
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Dor nas costas
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Mal-estar súbito
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Histórico familiar de problemas cardíacos
Ela reforça que, quando o paciente sente “que algo está errado”, o atendimento deve ser minucioso e cauteloso. “Diagnósticos simplistas podem custar vidas”, escreveu.
Alerta à população e aos serviços de emergência
O caso de Paula Ivers se junta a outros episódios que levantam debate sobre erros de triagem médica e a dificuldade de identificar quadros cardíacos que fogem do padrão — especialmente em mulheres, que muitas vezes apresentam sintomas menos clássicos do que os observados em homens.
A família espera que a história sirva de lição e ajude a evitar novas mortes evitáveis.
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