Homem descobre câncer terminal após confundir sintomas com refluxo

O britânico Zack Van Aarde, de 41 anos, sempre levou uma vida saudável e ativa. Apaixonado por corrida, ele participava de ultramaratonas e mantinha uma rotina intensa de treinos. No início de 2024, no entanto, passou a enfrentar fortes crises de azia e queimação no peito, sintomas que pareciam simples sinais de refluxo, mas que mais tarde revelaram algo muito mais grave: um câncer de esôfago em estágio quatro.

No começo, Zack procurou um clínico geral e recebeu tratamento comum, com medicamentos de venda livre para aliviar a acidez estomacal. Acreditando que se tratava de algo passageiro, seguiu com sua rotina. Com o passar dos meses, porém, o desconforto aumentou, acompanhado de fadiga constante e perda de peso.

A situação se agravou quando Zack vomitou sangue e precisou procurar atendimento de urgência. Uma endoscopia revelou um tumor de aproximadamente 6 centímetros no esôfago, já com metástase. O diagnóstico pegou a família de surpresa.

Os médicos iniciaram um tratamento com quimioterapia quinzenal e exames de sangue semanais, na tentativa de conter o avanço da doença. Desempregado desde o diagnóstico, Zack criou uma vaquinha on-line para ajudar nas despesas médicas. Como forma de agradecimento, ele se comprometeu a correr uma milha (1,6 km) para cada 10 libras doadas.

A iniciativa rapidamente ganhou apoio de amigos, familiares e corredores de todo o país. “Não quero desistir. Quero continuar me movimentando, mostrando aos meus filhos que vale a pena lutar”, escreveu o maratonista em uma de suas publicações nas redes sociais.

O câncer de esôfago é mais comum em homens acima dos 50 anos, mas pode surgir em pessoas mais jovens. Os sintomas iniciais, como azia, refluxo e dor no peito, muitas vezes são confundidos com distúrbios digestivos comuns, o que atrasa o diagnóstico.

Médicos alertam que sinais persistentes, especialmente dificuldade para engolir, perda de peso sem explicação e sangramento, devem ser investigados imediatamente.

O caso de Zack serve como alerta para a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico contínuo, mesmo diante de sintomas aparentemente inofensivos. Hoje, o corredor segue o tratamento com otimismo e usa suas redes sociais para inspirar outras pessoas a não ignorarem os sinais do corpo e lutarem pela própria saúde.