Vídeo de Japinha do CV rebolando um dia antes da morte viraliza e mostra outro lado da “musa do crime”; veja

Outubro 31, 2025 - 14:27
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Vídeo de Japinha do CV rebolando um dia antes da morte viraliza e mostra outro lado da “musa do crime”; veja
Reprodução/Bnews

Após a morte de Penélope, conhecida como “Japinha do CV” ou “musa do crime”, uma série de vídeos e registros pessoais da jovem começaram a circular nas redes sociais, gerando grande repercussão e curiosidade sobre a figura da faccionada. Ela foi uma das integrantes do Comando Vermelho (CV) mortas durante a megaoperação das forças de segurança realizada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

Entre as imagens que mais chamaram atenção está um vídeo do momento em que Japinha foi encontrada morta, após ser alvejada com um tiro de fuzil na cabeça, além de fotos dela vestida com roupa camuflada e colete balístico. Nas publicações, é possível ver a jovem armada, em trajes de combate, como atuava nas ações da facção.

Apesar do pedido da família para interromper a divulgação das fotos do corpo, novas imagens continuaram a circular. Desta vez, o que viralizou foi um vídeo leve e descontraído, onde Japinha aparece fazendo uma dancinha do TikTok, de short jeans e blusa curta, contrastando com a imagem de combatente que mantinha nas comunidades. Segundo internautas, o registro teria sido gravado um dia antes da morte.

Além dos vídeos, a última conversa de Japinha também veio à tona. Segundo informações da coluna “Na Mira”, do portal Metrópoles, a faccionada trocou mensagens com uma amiga pelo WhatsApp durante o confronto, descrevendo a tensão da Operação Contenção, que mobilizou centenas de agentes de segurança.

Quem era “Japinha do CV”

A identidade de Penélope despertou curiosidade entre usuários das redes sociais após sua morte. Conforme o historiador e escritor Joel Paviotti, especialista em Educação e Segurança Pública, a jovem era uma das principais seguranças do traficante Doca, um dos alvos centrais da operação.

“Ela fazia parte da segurança do Doca, mas também circulava por diferentes morros do Comando Vermelho, como Penha e Alemão, sempre que havia necessidade de reforço. Era uma espécie de soldado de elite do Doca”, explicou Paviotti em vídeo publicado no canal Iconografia da História, no YouTube.

De acordo com a coluna Na Mira, Japinha também atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas. O professor detalha ainda que ela cresceu na comunidade da Penha, onde entrou cedo no mundo do crime, aprendendo a manusear fuzis, realizar seguranças armadas e participar de confrontos.

“Era uma pessoa conhecida por ser muito ‘disposição’, linha de frente. Tinha fama de ser cruel quando precisava impor respeito, e era bastante temida em várias comunidades”, disse o historiador.

A morte em confronto

Durante a operação, Japinha foi atingida por um tiro de fuzil na cabeça ao resistir à ação policial. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que o corpo dela é localizado na comunidade. Ela usava roupa camuflada, colete tático e equipamentos de combate, o que, segundo as autoridades, confirma sua participação ativa no confronto.

Antes da megaoperação, uma foto recente da faccionada armada e de uniforme militar circulava em grupos de aplicativos. Nas redes, ela era exaltada por alguns como a “musa do crime”, apelido que passou a simbolizar a dualidade entre o glamour e a violência no universo do tráfico carioca.

O caso continua sendo investigado pelas forças de segurança do Rio de Janeiro. A operação nos complexos da Penha e do Alemão segue com o objetivo de desarticular a estrutura do Comando Vermelho e capturar outras lideranças da facção.