Quedas em idosos: Entenda os riscos nesta fase da vida

Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento acelerado da população brasileira, cresce também a preocupação com acidentes domésticos entre idosos. Dados do Datasus apontam que, somente nos dois primeiros meses de 2024, foram registrados mais de 17 mil atendimentos hospitalares e 9 mil atendimentos ambulatoriais relacionados a quedas de pessoas com idade entre 60 e 110 anos.
Os números servem de alerta para um problema muitas vezes subestimado, mas que pode causar sérias consequências físicas e emocionais, como perda de autonomia, internações prolongadas e até mesmo risco de morte.
Segundo o ortopedista Isaías Chaves, a osteoporose é uma das principais vilãs por trás das fraturas em idosos, especialmente entre mulheres. “A osteoporose, que enfraquece os ossos, é três vezes mais comum em mulheres e está diretamente relacionada ao aumento das fraturas na terceira idade. Quando somamos isso à maior tendência a quedas, o risco cresce de forma significativa”, afirma o especialista.
Por que os idosos estão mais vulneráveis?
As fraturas de quadril e joelho, que comprometem seriamente a locomoção, muitas vezes são resultado de quedas simples, causadas por uma combinação de fatores que se intensificam com o avanço da idade. Entre os principais, estão:
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Perda de equilíbrio: A redução natural da agilidade e da coordenação motora com o envelhecimento aumenta o risco de quedas.
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Comprometimento da visão: Dificuldades para enxergar obstáculos tornam ambientes familiares perigosos.
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Fragilidade óssea: A partir dos 65 anos, o organismo passa a perder mais massa óssea do que consegue repor. No caso das mulheres, esse processo é intensificado pela queda nos níveis hormonais durante a menopausa.
“As fraturas de quadril estão entre as mais graves e podem ter consequências devastadoras. Estima-se que metade dos idosos que sofrem esse tipo de lesão não consegue recuperar a independência funcional”, alerta Isaías Chaves.