Nigerianos são presos por sequestrar e torturar rapaz com ferro de passar

dez 15, 2025 - 12:54
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Nigerianos são presos por sequestrar e torturar rapaz com ferro de passar
Reprodução

Dois homens de nacionalidade nigeriana foram presos em flagrante suspeitos de sequestrar, torturar e agredir um comerciante, também nigeriano, no bairro de Guaianases, na zona Leste de São Paulo. O sequestro ocorreu na noite de quarta-feira (10) e a vítima foi resgatada nesta quinta-feira (11).

Segundo a Polícia Civil, o comerciante Emmanuel Ugochukww Udeagww saiu de casa por volta das 21h, informando que iria cortar o cabelo em uma barbearia localizada na Avenida Nordestina. Desde então, ele não retornou e passou a ser considerado desaparecido pela família.

Durante a madrugada, o irmão da vítima, Sixtus Onyek, recebeu um vídeo pelo WhatsApp, enviado por um número com código da Nigéria. Na mensagem, os criminosos afirmavam que Emmanuel estava sequestrado e exigiam o pagamento de 18,2 mil dólares como resgate. Para isso, os sequestradores ordenaram que a família vendesse um terreno que possuía no país de origem.

Após o início das investigações, equipes da Polícia Civil conseguiram localizar o cativeiro onde a vítima era mantida. No local, foram presos em flagrante Darlington Chibueze Nwirji e Patrick Tochukwu Okolo. De acordo com a polícia, Patrick já possui passagem criminal no Brasil por tráfico de drogas.

No cativeiro, Emmanuel foi submetido a sessões de tortura e agressões físicas. Conforme apurado, ele sofreu queimaduras provocadas por um ferro de passar roupas, além de ter sido agredido com cintas, socos e chutes. O ferro utilizado nas agressões foi apreendido pelos policiais.

Um vídeo ao qual a CNN Brasil teve acesso mostra o comerciante após o resgate. Nas imagens, ele relata o que viveu durante o sequestro, confirma as agressões sofridas e afirma que, apesar do trauma, estava bem no momento da gravação.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que os suspeitos foram autuados por extorsão mediante sequestro. O caso segue sob investigação para esclarecer todos os detalhes e eventuais participações de outras pessoas.

A operação foi conduzida pela 1ª Delegacia Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE).