Fim da Escala 6×1? debate sobre nova jornada de trabalho ganha força no Brasil!
A proposta de substituir a escala de trabalho 6×1 (seis dias de trabalho consecutivos e um de folga) por uma jornada 5×2 (cinco dias de trabalho e dois de folga) tem movimentado o debate público e político no Brasil. A iniciativa, promovida pelo movimento Vidas Além do Trabalho , já chegou ao Congresso Nacional por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
O tema, que mobiliza milhões nas redes sociais e nas ruas, reflete a busca por um equilíbrio maior entre trabalho e vida pessoal, com impactos significativos para trabalhadores e trabalhadores.
Por que mudar para a escala 6×1?
A escala 6×1 é amplamente utilizada em setores como varejo, indústria e serviços essenciais, mas especialistas apontam que ela traz consequências negativas para a saúde e o desempenho dos trabalhadores.
“Um único dia de folga não é suficiente para a recuperação física e mental após seis dias de trabalho intenso. Isso contribui para quadros de combustão, redução de produtividade e problemas de saúde mental”, explica Lila Cunha, especialista em relações trabalhistas.
O modelo 5×2, por outro lado, propõe dois dias consecutivos de descanso, o que permitiria mais tempo para lazer, convivência familiar e recuperação do desgaste semanalmente.
Apoio popular, impulso ao debate
A proposta gerou ampla mobilização nas redes sociais. Uma pesquisa realizada pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados revela o crescimento do apoio popular:
- Engajamento explosivo: Entre 7 e 12 de novembro, o número de postagens sobre o tema passou de 539 para 11.969, com um aumento de 5.500% no volume de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos).
- Apoio majoritário: 67% das contribuições comprovadas defendem a mudança, com maior adesão entre jovens adultos que buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
- Segundo Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, o movimento reflete “o desejo de uma sociedade que valorize não apenas o trabalho, mas a vida fora dele”.
Impactos nas empresas
Empresas que já adotam escalas mais flexíveis relacionam benefícios como:
- Maior produtividade: Funcionários descansados obtidos mais e melhor.
- Redução de faltas: Menor absenteísmo por motivos de saúde.
- Clima organizacional positivo: Trabalhadores satisfeitos estão mais engajados.
Contudo, setores como saúde e segurança pública, que dependem de operações ininterruptas, apontam desafios na implementação do modelo.