Carros voadores colidem e pegam fogo durante ensaio de show aéreo na China

Dois carros voadores colidiram durante um ensaio para um show aéreo em Changchun, na província de Jilin, nordeste da China, na tarde desta terça-feira (16). O acidente deixou um dos pilotos ferido e provocou incêndio em um dos veículos, que precisou realizar um pouso de emergência.
Vídeos divulgados pela mídia estatal chinesa mostraram fumaça saindo de uma das aeronaves, enquanto caminhões de bombeiros e ambulâncias se deslocavam rapidamente para o local.
Acidente durante manobra
Segundo a fabricante Xpeng Aeroht, subsidiária da gigante de veículos elétricos Xpeng, a colisão ocorreu por causa de “espaçamento insuficiente” entre os veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOL). Em comunicado, a empresa informou que um dos carros voadores sofreu danos na fuselagem e pegou fogo após o pouso.
“Todo o pessoal no local está seguro, e as autoridades locais concluíram as medidas de emergência de forma ordenada”, declarou a companhia, que abriu investigação sobre o caso.
Um funcionário da Xpeng, sob anonimato, disse à CNN que os dois veículos estavam realizando manobras de alta dificuldade em voo de formação. Um piloto sofreu apenas ferimentos leves.
O setor de baixa altitude
Os eVTOL são considerados estratégicos para os planos da China de desenvolver a chamada “economia de baixa altitude”, voltada ao uso do espaço aéreo abaixo de 3.000 metros para táxis aéreos, entregas por drones e outras aplicações.
Em 2023, o Partido Comunista incluiu o setor em seu relatório anual de trabalho governamental pela primeira vez, mirando-o como um motor de crescimento econômico. O regulador da aviação civil prevê que essa economia poderá movimentar US$ 206 bilhões até 2025, alcançando US$ 482 bilhões até 2035, segundo a agência estatal Xinhua.
Atualmente, fabricantes como a Xpeng Aeroht disputam espaço em áreas como turismo, logística, agricultura e socorro em desastres. A empresa se apresenta como a maior fabricante de carros voadores da Ásia.
Além disso, cidades chinesas já vêm testando entregas por drones de alimentos, encomendas e suprimentos médicos. Em 2023, o país contava com mais de 2.000 fabricantes de drones e 20.000 empresas operando veículos aéreos não tripulados, de acordo com o People’s Daily.