Tratador é morto em ataque de leões no Safari World, parque fecha para investigação

Um ataque fatal a um tratador de animais no Safari World de Bangkok, na manhã desta quarta-feira (10/9), chocou turistas e autoridades locais. O funcionário, identificado como Jian Rangkharasamee, de 58 anos, foi morto após ser atacado por um grupo de leões enquanto trabalhava no parque, considerado um dos maiores zoológicos ao ar livre da Ásia.
O incidente ocorreu por volta das 11h (horário local), quando Jian deixou o veículo dentro do recinto dos felinos. De acordo com testemunhas, um dos leões se aproximou por trás e o derrubou, iniciando o ataque que durou cerca de 15 minutos. Outros animais se juntaram à investida.
Turistas tentaram intervir buzinando e gritando, mas não conseguiram impedir a agressão. O tratador foi socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Ataque envolveu até sete leões
Segundo Sadudee Punpugdee, diretor de proteção da vida selvagem do Departamento de Parques Nacionais da Tailândia, o ataque envolveu entre seis e sete leões. Ele destacou que o funcionário era responsável por alimentar os animais, mas ressaltou que o parque proíbe que qualquer pessoa saia do carro nas áreas de safari — o que aponta para uma possível violação de protocolos de segurança.
O médico Tavatchai Kanchanarin, que visitava o zoológico no momento, relatou que achou estranho ver o tratador fora do veículo.
“Ele ficou parado por cerca de três minutos, de costas para os animais. Um leão se aproximou lentamente e o agarrou pelas costas. Ele não gritou”, contou à imprensa local.
Repercussão e medidas de segurança
Em nota, a administração do Safari World informou que todos os 32 leões em exibição possuem licença e garantiu que medidas de segurança serão reforçadas. O parque permanecerá fechado durante as investigações.
“Damos a maior importância à segurança de turistas e funcionários”, afirmou a direção.
Esse foi o primeiro caso fatal registrado em 40 anos de funcionamento do zoológico.
O episódio gerou repercussão entre entidades de proteção animal. A ONG People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) pediu a transferência dos leões para um santuário, destacando que os animais “não fizeram nada de errado além de exibir seus comportamentos naturais”. Já a Wildlife Friends Foundation Thailand lamentou a morte e cobrou mudanças nas práticas de manejo.