Suposto assassino em série é denunciado pela morte de mulher em situação de rua
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou uma nova denúncia contra Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, apontado como suposto assassino em série de Rio Verde, no sudoeste goiano. Ele foi acusado pelo feminicídio de Monara Pires Gouveia de Moraes, mulher em situação de rua morta de forma brutal em julho deste ano. Com a nova acusação, Rildo agora responde por três assassinatos de mulheres — todos com indícios de extrema violência e crueldade.
Segundo a denúncia, o crime contra Monara ocorreu na madrugada de 7 de julho, no Bairro Popular. Rildo teria atraído a vítima até um terreno baldio sob o pretexto de consumir drogas. No local, ele a atacou com golpes de ripa, estuprou e, em seguida, ateou fogo no corpo, utilizando uma cama box e um isqueiro.
O MP-GO apontou que o assassinato foi motivado por razões torpes, já que o acusado suspeitava que Monara havia roubado dinheiro do local onde ele morava. Os crimes imputados na denúncia incluem feminicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.
O advogado de defesa, Nylson Schmidt Neto — nomeado pelo Estado —, afirmou ao g1 que Rildo “colabora com o processo” e que detalhes serão apresentados em momento oportuno.
Outras mortes atribuídas a Rildo
O Ministério Público já havia denunciado o acusado por outros dois assassinatos de mulheres, também ocorridos em Rio Verde, com características semelhantes de violência sexual e ocultação dos corpos.
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Elisângela da Silva Souza
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Data do crime: 11 de setembro
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Descrição: A vítima foi abordada por Rildo durante a madrugada, enquanto seguia para o trabalho. Armado com uma faca, ele roubou o celular e o cartão de crédito de Elisângela e a levou até um terreno baldio, onde a estuprou e asfixiou até a morte. Segundo o MP, Elisângela ainda tentou se defender e chegou a ferir o agressor com a própria faca. O corpo foi escondido em um fosso.
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Alexania Hermogenes Carneiro
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Data do crime: 29 de agosto
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Descrição: A vítima foi morta no Residencial Dona Gercina, após uma discussão relacionada à compra de drogas feita em nome de Rildo. Ele a golpeou várias vezes com um pedaço de pau, provocando a morte.
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Pedido de prisão e indenização
Diante da extrema brutalidade dos crimes e da periculosidade do acusado, o MP-GO solicitou à Justiça a conversão da prisão temporária de Rildo em preventiva, garantindo sua permanência no sistema prisional durante o andamento do processo.
Além disso, o Ministério Público pediu que Rildo seja condenado a indenizar as famílias das vítimas:
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R$ 100 mil para os casos de Monara e Elisângela;
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R$ 10 mil para o caso de Alexania.
As investigações indicam que Rildo Soares dos Santos agia com padrões semelhantes de violência e que suas vítimas eram mulheres em situação de vulnerabilidade social, o que reforça a suspeita de que ele possa ser um assassino em série.
O caso segue em andamento na Comarca de Rio Verde, sob a responsabilidade da 11ª Promotoria de Justiça.