Mulher é vítima de importunação sexual durante gravação publicitária
A corredora, triatleta e influenciadora digital Jasmine Cowell denunciou ter sido vítima de importunação sexual enquanto gravava um trabalho publicitário no Parque da Luz, em frente à Ponte Hercílio Luz, principal cartão postal de Florianópolis. O relato foi publicado em suas redes sociais e já soma mais de 452 mil visualizações nesta terça-feira (16).
Segundo Jasmine, o caso aconteceu por volta das 8h de segunda-feira (15). Ela contou que estava sozinha gravando um vídeo para uma marca de roupas esportivas quando percebeu a aproximação de um homem. “Eu estava concentrada gravando e, quando eu olho para o lado, tem um morador de rua simplesmente com os genitais para fora, fazendo atos indecentes”, relatou.
A atleta disse que, ao perceber a situação, pegou a câmera e os pertences e correu para outro local. Em seguida, registrou um boletim de ocorrência. “Fiquei com tanto medo, me sentindo tão exposta. Estou com muita raiva, porque não posso simplesmente trabalhar. Não posso ficar sozinha em um parque que fica no meio do Centro da cidade porque eu sou uma mulher e não me sinto segura”, desabafou.
Canadense, Jasmine mora há 20 anos em Florianópolis e afirmou sentir que casos de importunação têm aumentado, inclusive durante o dia. “Eu estava super tranquila porque era tão cedo que nunca pensei que fosse rolar algo”, comentou.
Resposta das autoridades
Em nota, a Guarda Municipal de Florianópolis (GMF) informou que realiza rondas regulares e ações preventivas no Parque da Luz, que também conta com monitoramento por câmeras. A corporação e a Polícia Militar reforçaram a importância de registrar denúncias por meio do 190, do aplicativo PMSC Cidadão ou pelo boletim de ocorrência online.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi questionada sobre o número de registros de importunação e assédio sexual na capital catarinense, mas ainda não se manifestou.
De acordo com o Código Penal, importunação sexual é o ato de praticar, sem consentimento, gestos ou ações de cunho sexual com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros. A prática é considerada crime no Brasil.
