Mortes por envenenamento: gêmeas 'serial killers' agiram juntas, diz MP

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou as irmãs gêmeas Ana Paula e Roberta Veloso Fernandes por envolvimento em uma série de quatro homicídios cometidos entre janeiro e maio de 2025, utilizando substâncias letais semelhantes ao “chumbinho”.
De acordo com a denúncia, a dupla planejava e executava os crimes de forma conjunta, com Ana Paula administrando o veneno e Roberta dando suporte e orientando sobre como não deixar rastros. As vítimas identificadas nos processos são: Marcelo Hari Fonseca, Maria Aparecida Rodrigues, Neil Corrêa da Silva e Hayder Mhazres, em casos registrados tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.
No caso de Marcelo Hari Fonseca, Ana Paula passou a morar com a vítima e planejou o assassinato para ficar com o imóvel. Ela envenenou os alimentos, enquanto Roberta acompanhava e dava suporte.
Já a morte de Maria Aparecida Rodrigues teria sido motivada por vingança contra um policial, que Ana Paula tentou incriminar pelo crime. Roberta estava presente durante o último contato alimentar da vítima.
Em relação a Neil Corrêa da Silva, idoso que foi envenenado sob a promessa de uma recompensa, Ana Paula aplicou a substância letal nos alimentos, enquanto Roberta participou do planejamento, discutiu detalhes da execução e orientou a irmã sobre como agir para não deixar evidências.
No último caso, Hayder Mhazres, Ana Paula conheceu a vítima e, afirmando estar grávida dele, manifestou desejo de se casar. Com a negativa inicial do homem, ela teria envenenado seus alimentos com o objetivo de obter recursos financeiros, com participação de Roberta no planejamento.
As investigações do MPSP apontam que a atuação das irmãs seguiu um padrão meticuloso de planejamento, execução e encobrimento, caracterizando os crimes como homicídios qualificados. Os processos ainda tramitam na Justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro.