Influenciadora é derrubada e tem celular quebrado ao tentar filmar abordagem policial
Na última quarta-feira (6), a influenciadora Brena Medeiros, de 24 anos, foi derrubada por um agente da Polícia Militar enquanto filmava uma abordagem no bairro Mucunã, em Baturité, a cerca de 94 quilômetros de Fortaleza. O incidente ocorreu durante uma operação policial, e um vídeo gravado por uma testemunha mostra o momento em que um dos policiais sai de uma casa, aborda Brena e a queda no chão. Outros agentes aparecem em seguida, tomando o celular da influenciada e a algemam.
Brena Medeiros relatou o ocorrido em suas redes sociais, ainda abalada com a situação. “Ele me jogou, tentou me botar em casa, depois colocou a algema no meu braço e me jogou no camburão. É uma coisa que não sai na minha cabeça em nenhum momento. Só feche os olhos e vem a cena na minha cabeça”, contorno. A jovem foi levada à delegacia após o episódio.
A influenciadora explicou que se mudou do local por curiosidade ao ouvir barulhos vindos de uma residência onde a polícia estava em operação. “Fiquei como curiosamente do lado de fora, a população toda lá olhando, quando comecei a ouvir gemidos e pancadas. Naquele momento eu agi por impulso, agi como ser humano. Não sabia de alguma forma o que estava acontecendo lá dentro, não sabia o motivo dos policiais estarem lá. A minha intenção não foi intervir no trabalho deles”, afirmou.
Segundo a Polícia Militar, uma equipe estava em patrulhamento quando avistou três indivíduos em atitude suspeita em frente a uma casa. Dois fugiram e um terceiro entrou na residência, abandonando drogas e outros itens no local. Foram apreendidos 100 trouxinhas de maconha e crack, uma balança de precisão, material para embalar drogas, um simulacro de revólver e celulares. Durante a abordagem, a corporação afirma que Brena chegou ao local, proferiu palavras experimentais aos agentes e tentou interferir na operação, sendo enviada à delegacia como testemunha.
No entanto, Brena nega ter atrapalhado o trabalho policial e questiona a ação violenta. Ela também relatou que seu celular, descoberto pelos policiais, foi devolvido danificado e sem funcionar. “Queria postar o vídeo que gravei, mas o meu celular estava totalmente danificado. Assim que eu recuperar vou mostrar o vídeo do início da abordagem. [...] Na minha cabeça, eu filmar não seria um problema, Pensei que seria um direito meu como cidade”, declarou.