Empresário é dopado e fica uma semana sendo levado a banco por criminosos
Um empresário de 36 anos foi resgatado pela Polícia Militar após passar seis dias dopado sob o controle de dois criminosos, que o levavam diariamente a agências bancárias para tentar realizar saques em caixas eletrônicos. O caso foi descoberto depois que um gerente de banco desconfiou da situação e acionou as autoridades.
Os dois suspeitos foram presos em flagrante por extorsão com restrição de liberdade, e a vítima, que estava em estado de torpor, foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu atendimento médico.
Vítima era dopada e levada a bancos diariamente
Segundo informações da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), os criminosos mantinham o empresário sob o efeito de medicamentos, o que o deixava confuso, sonolento e com dificuldades para andar. Mesmo assim, o levavam todos os dias a uma agência bancária, tentando realizar saques.
Em um dos dias, o homem chegou a adormecer sobre o balcão da agência, chamando a atenção de funcionários. Um dos criminosos costumava aguardar na porta do banco, enquanto o outro acompanhava a vítima nas tentativas de saque.
A atitude suspeita fez com que o gerente acionasse a Polícia Militar, que conseguiu flagrar a dupla no momento em que tentava mais uma vez movimentar a conta da vítima.
Versões contraditórias e prisão em flagrante
Na delegacia, os suspeitos apresentaram versões contraditórias sobre o motivo da abordagem ao empresário. Inicialmente, disseram que a vítima devia R$ 500; depois, o valor subiu para R$ 25 mil. Por fim, alegaram que o homem teria uma dívida referente a um iPhone 13 Pro Max — versões que não convenceram os investigadores.
A polícia descobriu que os dois criminosos são moradores de Samambaia, no Distrito Federal, e utilizavam o carro da tia de um deles para transportar o empresário até a Asa Sul, onde fica a agência bancária.
Apesar das repetidas tentativas, nenhum valor chegou a ser sacado das contas do empresário.
Vítima sob efeito de medicamentos
Devido ao estado de confusão e fraqueza causado pelos remédios, o empresário ainda não conseguiu prestar depoimento. A Polícia Civil investiga como os criminosos conseguiram dopá-lo e se ele permaneceu em cativeiro durante os seis dias em que esteve nas mãos da dupla.
Os suspeitos devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (5/11). O caso segue sob investigação, e a polícia apura se há outras vítimas envolvidas no mesmo esquema de extorsão.