Você está com o nome sujo? 20 milhões não sabem que estão; saiba como checar

Um levantamento da Serasa revelou que aproximadamente 72,5 milhões de brasileiros estão com dívidas em atraso, o que significa que tiveram seus CPFs negativados em órgãos de proteção ao crédito, dificultando o acesso a serviços e empréstimos. A pesquisa também apontou que 20 milhões de pessoas desconhecem que possuem débitos, enquanto 51 milhões nunca verificaram a situação de seus CPFs.

Nome “sujo” e consequências

Ter o CPF negativado, popularmente conhecido como “nome sujo”, ocorre quando as dívidas estão atrasadas e são registradas em entidades como Serasa e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Entre as dificuldades enfrentadas pelos consumidores nessa situação estão a restrição de crédito e barreiras para a contratação de serviços.

Consultar a situação do CPF

Órgãos de defesa do consumidor recomendam que o primeiro passo para quem está com dívidas em atraso é consultar a situação do CPF. Isso pode ser feito em portais de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. Além disso, há ferramentas como o Registrato, oferecido pelo Banco Central, e o portal consumidor.gov.br. Ambos exigem acesso via conta gov.br de nível prata ou ouro, e no caso do consumidor.gov.br, é necessário informar o nome da empresa para consultar débitos.

Como limpar o nome

Renegociar as dívidas é essencial para limpar o nome. Especialistas, como Serasa e Crefisa, sugerem que os consumidores organizem o orçamento familiar, listem receitas e despesas e determinem um valor disponível para pagar as dívidas, sem comprometer o orçamento doméstico.

Após esse planejamento, a pessoa deve procurar os credores para renegociar as pendências, podendo utilizar plataformas como Serasa Limpa Nome ou consumidor.gov.br. Muitas empresas também possuem canais próprios para renegociações.

Passo a passo para renegociar com o consumidor.gov.br

Para utilizar o consumidor.gov.br, o usuário precisa se cadastrar e selecionar a instituição financeira para formalizar o pedido de renegociação. É necessário preencher informações detalhadas, como o tipo de problema e a descrição do pedido. As empresas têm até 10 dias para fornecer uma resposta. Caso não haja solução, o consumidor pode procurar outros órgãos de defesa.