População depreda delegacia após prisão de jovem suspeita de matar filho de 1 e 6 meses
Na noite de sexta-feira (8), a delegacia de Codajás, no interior do Amazonas, foi alvo de um ataque da população local, revoltada após a prisão de um jovem de 16 anos, suspeita de ter matado o próprio filho, de 1 ano e 6 meses. Além da adolescência, outras duas pessoas foram detidas sob suspeitas de envolvimento no crime. As imagens dos momentos de tensão foram registradas por moradores e mostram o desespero da comunidade em busca de justiça.
Morte da criança e início das investigações
O caso começou a ser investigado na tarde de sexta-feira, quando uma jovem levou o filho já sem vida ao hospital da cidade. Os médicos constataram sinais graves de maus-tratos, que incluíam costelas quebradas, marcas de execução e lesões corporais evidentes, conforme relatado pela investigadora da Polícia Civil, Rejane Lima. Com a confirmação das lesões, as suspeitas recairam sobre a mãe e a tia da criança, que residiam juntas.
De acordo com vizinhos, ambos eram conhecidos por agredir o menino com frequência e deixá-lo trancado em um pequeno quarto. As autoridades revelaram que já existiam denúncias anteriores registadas sobre os abusos, o que reforçou as investigações.
Após buscas na residência das suspeitas e levantamento de provas no hospital, a Polícia Civil emitiu mandados de prisão. Como a mãe era menor de idade, foi autuada em flagrante. A tia da vítima foi localizada após diligências e presas. Além delas, o marido da tia foi detido, sendo suspeito de participação na morte da criança.
Revolta da população e depredação da delegacia
A notícia sobre a morte do menino gerou uma onda de indignação na cidade. Por volta das 19h, um grupo de moradores se reuniu em frente à delegacia exigindo justiça. Em um momento de tensão, a manifestação evoluiu para um ataque com pedras, resultando na depredação da unidade policial.
Diante da situação, os policiais foram obrigados a conter os ataques e solicitar reforços. Agentes da Guarda Municipal e efetivos da Polícia Militar foram enviados de Manaus para restabelecer a ordem e escoltar os suspeitos para um local mais seguro. O caso está sendo acompanhado pelas autoridades, que investigam tanto a conduta dos detidos quanto os danos causados à delegacia durante o protesto popular.
