Polícia Civil do Rio nega morte de “Japinha do CV” em megaoperação que deixou 121 mortos

Novembro 5, 2025 - 20:57
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Polícia Civil do Rio nega morte de “Japinha do CV” em megaoperação que deixou 121 mortos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro negou, nesta terça-feira (4), que a criminosa conhecida como “Japinha do CV”, identificada como Penélope, tenha morrido durante a megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, no último dia 28 de outubro.

Em nota enviada à CNN, as autoridades esclareceram que a imagem compartilhada nas redes sociais e em grupos de policiais era, na verdade, do corpo de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia, que possuía dois mandados de prisão ativos.

“Diferentemente do que foi divulgado na mídia e em redes sociais, não havia nenhuma mulher entre os opositores mortos na Operação Contenção. A imagem compartilhada era do corpo de Ricardo Aquino dos Santos”, informou a corporação.

A família de Penélope chegou a lamentar sua suposta morte em postagens nas redes sociais e compartilhou fotos do corpo, acreditando se tratar dela. A irmã da “Japinha” chegou a pedir que as imagens não fossem mais divulgadas:

“Por favor, parem de postar as fotos dela morta. Eu e minha família estamos sofrendo muito”, escreveu.

Após a operação, internautas começaram a questionar a veracidade da notícia, compartilhando vídeos e fotos que indicariam que Penélope estaria viva. A Polícia Civil ainda não confirmou se a divulgação da falsa morte teria sido uma estratégia para despistar as autoridades.

Quem é a “Japinha do CV”

Penélope, apelidada de “Japinha do CV”, é apontada pela polícia como combatente de confiança do Comando Vermelho e uma das integrantes da linha de frente da facção carioca. Na época da suposta morte, circulou a versão de que ela teria atirado contra agentes e sido morta com um tiro no rosto, o que agora foi desmentido.

A operação mais letal da história

A megaoperação do dia 28 foi a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 121 mortos — entre eles, quatro policiais. O governo Cláudio Castro (PL) divulgou o perfil de 115 dos 117 suspeitos identificados, dos quais 97 tinham antecedentes criminais e mais de 95% possuíam vínculo com o Comando Vermelho.