Mulher com doença renal recebe transplante do próprio marido
Uma história de amor e superação marcou a vida de Luciana Bramati, moradora de Chapecó, Santa Catarina, que perdeu a função renal devido a rins policísticos, uma doença hereditária e progressiva. Aos 14 anos, Luciana descobriu a condição e já sabia que, em algum momento da vida adulta, um transplante seria necessário.
O órgão salvador veio de alguém muito próximo: seu marido, Claudio Henrique Luiz da Silva. O transplante foi realizado em Blumenau, há um ano e meio, mas a história só se tornou pública agora, segundo informações do NSC.
Claudio conta que quis ser o primeiro a fazer o teste de compatibilidade ao saber que a esposa tinha apenas 9% da função renal. “Quando a médica informou que precisaria buscar, entre os parentes, alguém compatível, eu falei que, como marido, tinha que fazer o primeiro teste. Se desse certo ou não, era com Deus. E já no dia seguinte conseguimos marcar”, relata ele.
A doença enfrentada por Luciana se caracteriza pelo crescimento progressivo dos rins, que ficam cheios de cistos e perdem a capacidade de filtrar o sangue, comprometendo a qualidade de vida do paciente.
Hoje, após a cirurgia, Luciana e Claudio, casados há mais de 25 anos, estão bem de saúde e mais unidos do que nunca. Emocionada, a paciente afirmou:
“Acho que já estava escrito isso na nossa história quando a gente se conheceu. E saber que a gente, mais do que nunca, está sempre junto agora, não tem palavras. É a maior prova de amor.”
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, foram realizados 982 transplantes no estado somente neste ano. No entanto, a fila de espera ainda inclui cerca de 1,6 mil pessoas, destacando a importância da doação de órgãos.
