Modelo relembra agressões de jogador: ‘me agredia e abusava sexualmente’

agosto 7, 2025 - 16:26
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Modelo relembra agressões de jogador: ‘me agredia e abusava sexualmente’
Reprodução/Redes Sociais

A modelo carioca Jannah Nebbeling, de 29 anos, denunciou publicamente o jogador de futebol paraguaio Jorge Báez por uma série de violências sofridas ao longo dos três anos em que estiveram juntos, entre 2022 e novembro de 2024. Em relatos fortes e com imagens que circularam nas redes sociais, Jannah acusa o ex-atleta de agressões físicas, abusos sexuais, tortura psicológica e cárcere privado.

Jorge Báez, que teve passagens por clubes como Olimpia (Paraguai) e Resende (RJ), onde disputou o Campeonato Carioca de 2016, teria perseguido e ameaçado Jannah até julho deste ano, mesmo após o término do relacionamento. Procurado pelo jornal Extra, o paraguaio afirmou que só irá se manifestar caso seja citado pela Justiça.

Segundo o depoimento da modelo, o relacionamento foi marcado por violência extrema. Ela divulgou imagens com hematomas no rosto, ferimentos nos lábios e escoriações por todo o corpo. Em uma das gravações publicadas em um perfil criado por ela no Instagram, Jannah aparece amarrada, supostamente em cárcere privado no Paraguai.

“Jorge Báez me agredia, me humilhava. Em uma ocasião, ele chegou a me amarrar com cordas numa escada, me agredir com luvas de boxe e morder minha mão. Disse que usava as luvas para não machucar meu rosto, mas meus olhos ficaram roxos”, relatou. “Ele me controlava e abusou sexualmente de mim diversas vezes, enquanto eu estava inconsciente”.

Jannah afirma ainda que tentou denunciar o ex-jogador enquanto estava no Paraguai, mas foi orientada por um médico a não prosseguir, devido à suposta influência que Báez teria no país. “Ele poderia comprar a polícia”, afirmou. Segundo a modelo, o atleta usava o poder financeiro e contatos para silenciá-la e esconder as agressões. “Pagou inúmeras mídias para abafar tudo. As agressões não foram só físicas. Foram psicológicas, constantes. Ele me levou ao fundo do poço”, desabafou.

Durante o tempo em que esteve fora do Brasil, Jannah viveu em cárcere por cerca de um ano, período em que foi submetida, segundo ela, a jogos sádicos, situações degradantes e isolamento total. “Fui filmada em situações humilhantes, ele exercia controle absoluto sobre mim. Tentou apagar minha voz.”

A modelo diz ter conseguido fugir do Paraguai após uma longa viagem de 40 horas de ônibus até o Rio de Janeiro, onde finalmente pôde formalizar a denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Jacarepaguá.

“As provas estão sendo reunidas: vídeos, prints, áudios e relatos que mostram o padrão de violência, chantagem, coação e desumanização. O que eu vivi foi violência e tortura. A Justiça precisa ser feita”, concluiu Jannah.

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