Justiça manda prender ex-padre condenado por abuso sexual de menores

agosto 28, 2025 - 20:03
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Justiça manda prender ex-padre condenado por abuso sexual de menores
Imagem ilustrativa

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) expediu, nesta quarta-feira (27), um mandado de prisão definitiva contra o ex-padre Pedro Leandro Ricardo, condenado a dez anos e seis meses de prisão por abusar sexualmente de menores de idade, no município de Araras, no interior paulista.

De acordo com a sentença, o ex-sacerdote é acusado de abusar de quatro jovens — três adolescentes e uma criança — entre os anos de 2002 e 2006. O documento, assinado pelo juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira, destaca que as vítimas eram “cuidadosamente escolhidas pelo réu” e submetidas aos abusos a partir da relação de confiança estabelecida com o então religioso.

Caso veio a público em 2019

Embora os crimes tenham ocorrido nos anos 2000, as denúncias só foram apresentadas em 2019, quando o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu os relatos das vítimas. Após as oitivas, a ação penal foi aceita pela Justiça no ano seguinte.

Em 2022, Pedro Leandro foi condenado a 21 anos de prisão, mas a pena foi reduzida em março de 2024 para dez anos e seis meses, já que parte das acusações foi considerada prescrita devido ao tempo decorrido. No mesmo ano da primeira condenação, o Vaticano anunciou a sua expulsão do estado clerical, considerada a sanção máxima da Igreja Católica.

Defesa nega abusos

Durante o processo, o ex-padre negou todas as acusações, alegando que as denúncias seriam motivadas por desavenças administrativas na Paróquia São Francisco. Em nota ao Metrópoles, o advogado Paulo Sarmento, que representa o condenado, afirmou que pretende ingressar com pedido de revisão criminal, alegando nulidades no processo.

Reações das vítimas

Em contraponto, os advogados Talitha Camargo, Aline Giacon, Roberto Tardelli e Gustavo Paiva, que representam as vítimas, afirmaram em nota que recebem a decisão com “um misto de alívio e reafirmação da Justiça”. Eles também atuam em um processo indenizatório contra o ex-clérigo.

A expedição do mandado de prisão ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a condenação, esgotando todas as possibilidades de recurso para a defesa.

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