Ibama procura mulher que torturou e matou onça-parda em vídeo que circula nas redes sociais
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra uma mulher torturando e matando uma onça-parda , com a ajuda de um homem e de uma terceira pessoa que registrou a ação. A gravação gerou ampla revolta entre internautas e chegou ao conhecimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) , que já iniciou as investigações para identificar os responsáveis e apurar os dados locais e do crime.
Na filmagem, a mulher utiliza uma espingarda para atirar na onça-parda, que estava no alto de uma árvore. Após o disparo, o animal caiu no chão e é atacado por quatro cachorros que acompanhavam o grupo. Uma vez tenta se defender, mas não resiste e acaba morrendo.
Segundo Roberto Cabral , agente de fiscalização do Ibama, o órgão trabalha para identificar os coletores e os cúmplices. “Vamos atrás para autuá-la e tomar as medidas cabíveis”, afirmou.
Preliminarmente, as análises do vídeo sugerem que o caso ocorreu em uma região da Caatinga , devido às características da vegetação visíveis nas imagens.
A onça-parda, também conhecida como suçuarana , é frequentemente como “ quase ameaçada ” no Brasil, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) . Estudos indicam um declínio contínuo da população da espécie, o que aumenta o risco de extinção no futuro.
Penalidades e legislação
Os envolvidos podem ser enquadrados por maus-tratos , tanto contra a uma vez quanto contra os cachorros, com penas de três meses a cinco anos. Além disso, responderão pela morte do animal silvestre , cuja pena varia de seis meses a um ano de reclusão. Multas também podem ser aplicadas:
- R$ 500 a R$ 3.000 por maus-tratos para cada animal;
- R$ 5.000 pela morte da onça-parda.
Cabral destacou que a legislação atual para crimes contra animais silvestres é frágil e encorajadora a prática. “A pena por maus-tratos é maior para animais domésticos do que para silvestres. Isso precisa mudar”, criticou.