Homem com 'maior nariz do mundo' mantém recorde no Guinness desde o século XVIII

Apesar de todos os avanços da medicina, da genética e da própria diversidade humana, nenhum ser humano registrado até hoje superou o nariz de impressionantes 19 centímetros de Thomas Wedders — um artista de circo inglês do século XVIII que entrou para a história como o homem com o “maior nariz do mundo”.
O recorde de Thomas é tão extraordinário que está registrado no Guinness World Records desde 1730, e continua invicto quase 300 anos depois.
Quem foi Thomas Wedders?
Também conhecido como Thomas Wadhouse, o artista nasceu por volta da década de 1730 e ficou famoso por se apresentar como atração em circos da Inglaterra, em uma época em que pessoas com características físicas incomuns eram frequentemente exploradas como entretenimento.
De acordo com os registros históricos, o nariz de Thomas media 19 centímetros, o equivalente ao tamanho de um lápis comum. Ainda que o Guinness reconheça que os promotores de circo da época possam ter exagerado nas medidas para atrair mais público — prática comum naquele tempo —, o nariz dele era, sem dúvida, uma característica marcante o suficiente para lotar espetáculos por onde passava.
Thomas Wedders morreu com cerca de 50 anos, no início da década de 1780.
Uma raridade médica
A história e o rosto de Thomas Wedders continuam a intrigar até hoje. Uma escultura de cera com sua imagem está exposta no museu Ripley's Believe It or Not! ("Acredite Se Quiser"), que reúne fatos e figuras bizarras de todo o mundo.
A raridade anatômica do nariz de Thomas foi tão única que foi mencionada quase 100 anos após sua morte no livro “Anomalias e Curiosidades da Medicina” (1896), dos médicos George Gould e Walter Pyle. No entanto, o livro também sugere que Thomas possuía alguma deficiência intelectual, descrevendo-o de forma pejorativa, conforme os padrões da época:
“Esse homem faleceu como havia vivido, em um estado mental que só pode ser descrito como a mais abjeta idiotice”, escreveram os autores — um comentário que hoje seria considerado ofensivo e capacitista, mas que reflete os valores e preconceitos daquele tempo.