Ex-líder do PCC é isolado após osso afiado ser encontrado em cela
O ex-número 2 do PCC (Primeiro Comando da Capital), Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, recebeu uma punição disciplinar e ficará 30 dias em total isolamento após a Polícia Penal Federal encontrar um osso de frango afiado em sua cela, na Penitenciária Federal de Mossoró (RN). O objeto foi identificado como uma possível “arma branca improvisada”.
Segundo policiais ouvidos pela CNN Brasil, o osso havia sido afiado até adquirir formato semelhante ao de uma faca. A suspeita é que ele pudesse ser usado para atacar agentes penitenciários, outros detentos ou até mesmo facilitar uma tentativa de fuga com tomada de refém.
Como o objeto foi parar na cela
Detentos sob custódia federal recebem seis refeições por dia, e as proteínas servidas geralmente não contêm ossos. No entanto, em ocasiões específicas — como no preparo do chamado panelão — algum alimento pode chegar com ossos. Foi o que teria ocorrido, de acordo com apuração da polícia.
Punição rígida até dezembro
Com a infração, Tiriça perderá benefícios garantidos aos detentos federais. Até o dia 11 de dezembro, ele estará:
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em isolamento total;
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sem direito ao banho de sol diário de duas horas;
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impossibilitado de receber visitas familiares.
A medida segue o protocolo disciplinar máximo do Sistema Penitenciário Federal.
Transferência após racha dentro da facção
Roberto Soriano foi transferido para Mossoró junto de dois outros ex-líderes do PCC — Abel Pacheco, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho. Os três foram removidos do Presídio Federal de Brasília após se tornarem rivais internos de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, atual líder da facção.
Defesa não foi localizada
A reportagem destaca que a defesa de Soriano não foi encontrada para comentar o caso até o momento.
A apreensão reacende alertas sobre a complexidade da segurança em presídios federais e a capacidade de detentos de improvisar armas mesmo sob condições de vigilância máxima.