De casa sem azulejo a apartamento com varanda: Lula relembra Minha Casa, Minha Vida
O programa Minha Casa, Minha Vida está em nova fase. A partir de agora, casas e apartamentos devem ter varanda e os conjuntos precisam ter áreas de lazer comuns, como quadras ou campos de futebol, e bibliotecas. Além disso, as novas unidades não podem ser construídas fora dos perímetros urbanos, como forma de garantir acesso simplificado a serviços e comércio.
O anúncio foi feito pelo ministro das Cidades, Jader Filho, durante a abertura do 99º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), nesta terça-feira (26), em Brasília. Segundo o ministro, essa é a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Jader também anunciou que em 2024 o programa vai superar a marca de 600 mil novas unidades contratadas. Em 2023, foram 491 mil, superior ao do ano eleitoral de 2022 – sob a antiga gestão –, que registrou 382 mil. O ministro das Cidades fez ainda um balanço de 14 anos, desde a primeira obra concluída, em 2010: 8 milhões de unidades já entregues.
Falando logo após o ministro, o presidente Lula fez uma retrospectiva do Minha Casa, Minha Vida, em que destacou seu empenho pessoal em pressionar as empresas construtoras por aperfeiçoamento constante na qualidade das casas e apartamentos.
Lula contou que a primeira inauguração que comandou, em 2010, quase um ano após a criação do programa, foi decepcionante, e o deixou irritado com a construtora que havia vencido a licitação. “A péssima qualidade das casas: sem muros, sem portas, sem azulejo, sem estuque. O cara não entendia nada de casa, especialmente de casas para pessoas humildes”, disse o presidente. Essa inauguração aconteceu em Governador Valadares (MG), recordou Lula.