Coordenador de escola é condenado após se passar por vidente para estuprar aluna, diz polícia

Um ex-coordenador disciplinar de uma escola em Pium, no oeste do estado, foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e outros delitos sexuais cometidos contra uma aluna de 11 anos da própria instituição. O julgamento ocorreu nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025, na 2ª Vara de Cristalândia, após uma investigação conduzida pela 57ª Delegacia de Polícia Civil de Pium.

O Esquema Crimininoso: A Farsa da "Vidente"

O condenado, cuja identidade foi preservada por envolver uma menor de 18 anos, utilizou seu cargo e uma elaborada farsa para coagir e abusar da vítima.

• Abuso de Autoridade: Aproveitando sua função de coordenador disciplinar, ele perseguiu a estudante entre novembro de 2024 e março de 2025.

• A Coação: Segundo a Polícia Civil, o agressor se passava por um "vidente" para manipular a menina, exigindo o envio de vídeos e fotos íntimas, conforme detalhado pela delegada Jeannie Daier de Andrade.

• Ameaça e Violência Psicológica: Na escola, ele também abusava da estudante alegando que "incorporava" o espírito de uma mulher. O criminoso ameaçava lançar uma "maldição" na família da menina caso ela não seguisse as determinações da suposta "vidente".

Essa manipulação permitiu que ele tocasse o corpo da criança e a forçasse a gravar e enviar vídeos íntimos. A família da vítima descobriu o abuso após ter acesso às mensagens enviadas pelo homem à menina.

A Condenação e a Penalidade

O homem foi condenado por uma série de crimes graves que incluem:

• Estupro de Vulnerável

• Ameaça

• Perseguição

• Violência Psicológica

• Falsa Identidade

• Produção e Registro de Cena Pornográfica

Detalhes da Sentença:

Outros Casos e a Resposta da Polícia

O condenado foi preso pela Polícia Civil em 20 de março de 2025. Durante as investigações, foi descoberto que ele também é réu em um outro caso de estupro de vulnerável contra a enteada, também de 11 anos, registrado em Palmas.

A delegada Jeannie Daier de Andrade, responsável pela investigação, expressou sua satisfação com o resultado do julgamento:

"Recebemos a notícia da sentença condenatória com muita satisfação, pois isso demonstra a seriedade com que esse caso foi tratado pela Polícia Civil desde o início das investigações. A pena aplicada ao autor significa que a equipe da 57ª DP fez um trabalho investigativo de excelência, onde foi possível restabelecer a verdade dos fatos e demonstrar fielmente toda a dinâmica desses crimes hediondos."

A autoridade também ressaltou que a condenação severa serve como um importante fator de prevenção, desencorajando crimes dessa natureza e evitando a reincidência. O g1 não conseguiu contato com a defesa do condenado.