Ciclopia: filhote de gato surpreende ao nascer com apenas um olho

Novembro 10, 2025 - 11:20
 0
Ciclopia: filhote de gato surpreende ao nascer com apenas um olho
Gilmar Almeida

O nascimento de um gato com apenas um olho surpreendeu os moradores do distrito de Nova Conquista, no interior de Vilhena (RO). O filhote, que fazia parte de uma ninhada de três, sobreviveu apenas um dia após apresentar dificuldades respiratórias.

O tutor do animal, Gilberto Almeida, contou que nunca havia visto nada parecido, apesar de sua gata já ter tido outras crias.

“Foi a primeira vez que nasceu um filhote diferente”, relatou ele ao UOL.

De acordo com especialistas, o caso é um exemplo de ciclopia, uma má-formação congênita rara que ocorre durante o desenvolvimento embrionário. Nessa condição, os olhos não se separam completamente, formando uma única cavidade ocular. Normalmente, a anomalia vem acompanhada da ausência de nariz e outras deformações faciais.

O que é a ciclopia

Pesquisadores da Universidade de Ciências Médicas de Urmia, no Irã, descrevem a ciclopia como um distúrbio congênito grave associado à holoprosencefalia, um defeito que impede a divisão adequada do cérebro durante a gestação. Em muitos casos, os embriões afetados não sobrevivem ou morrem logo após o nascimento.

A condição pode ser identificada ainda na gestação por meio de exames de ultrassom ou ressonância magnética. As causas estão relacionadas tanto a mutações genéticas quanto a fatores ambientais, como exposição a toxinas ou uso de determinadas substâncias durante a gravidez.

Casos raros e curiosidade histórica

Embora extremamente rara, a ciclopia já foi registrada em diversas espécies, incluindo humanos, porcos e gatos. O nome da condição vem da mitologia grega, em referência aos Ciclopes, criaturas gigantes conhecidas por terem um único olho no centro da testa.

O caso em Vilhena rapidamente se espalhou pelas redes sociais e despertou curiosidade entre os moradores. Especialistas reforçam que, apesar do impacto visual, trata-se de uma anomalia biológica natural — e não de algo sobrenatural, como muitas vezes é interpretado em comunidades do interior.