Casos da síndrome mão-pé-boca aumentam em escolas de Porto Alegre

Setembro 15, 2025 - 00:08
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Casos da síndrome mão-pé-boca aumentam em escolas de Porto Alegre
Jikaboom/Getty Images

Escolas de educação infantil de Porto Alegre (RS) têm registrado crescimento nos casos da síndrome mão-pé-boca, infecção viral que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde acompanha a situação em razão dos surtos identificados.

Na última quinta-feira (11), a prefeitura emitiu um alerta epidemiológico para a rede de serviços notificadores da capital.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o aumento de casos foi notório entre a segunda quinzena de julho e a primeira semana de setembro deste ano, quando 19 surtos foram confirmados, envolvendo 161 pessoas — entre bebês, crianças e adultos. Um surto é caracterizado quando três ou mais casos surgem no mesmo local.

Em 2023, foram notificados 20 surtos, dos quais 19 passaram por investigação.

Sobre a doença

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção contagiosa causada por vírus do sistema digestivo. É mais comum em crianças pequenas, mas também pode afetar adultos. A transmissão ocorre por contato direto entre pessoas, saliva, fezes, secreções, alimentos, objetos contaminados e lesões na pele.

Segundo Letícia Campos Araújo, dentista da equipe da vigilância epidemiológica, os primeiros sinais costumam ser dor de garganta e febre. “Em dois ou três dias surgem pequenas feridas avermelhadas nas mãos, pés e boca. Também pode ocorrer mal-estar e perda do apetite”, explicou.

O contágio costuma ser mais intenso na primeira semana, mas o vírus pode continuar sendo eliminado pelas fezes por até quatro semanas, motivo pelo qual os casos são monitorados por 30 dias.

Prevenção e cuidados

Não há tratamento específico nem vacina contra a síndrome mão-pé-boca. A prefeitura recomenda medidas de prevenção, como:

  • Lavar as mãos frequentemente, especialmente após usar o banheiro e antes de manipular alimentos;

  • Descartar fraldas e lenços em lixeiras fechadas;

  • Não compartilhar mamadeiras, copos ou talheres;

  • Reforçar a higiene das mãos durante a troca de fraldas em creches;

  • Manter afastados da escola ou do trabalho os pacientes até o desaparecimento dos sintomas;

  • Higienizar superfícies e objetos com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária;

  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;

  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar;

  • Trocar e lavar diariamente roupas pessoais e de cama dos pacientes.

O monitoramento dos surtos segue ativo na capital gaúcha.