Audiência no Congresso debate Ovnis e revive caso ET de Varginha

Uma audiência pública organizada pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), realizada nesta terça-feira (16) em Brasília, trouxe novamente ao centro do debate o tema dos Ovnis (Objetos Voadores Não Identificados) e reacendeu lembranças do famoso caso de Varginha (MG), de 1996.
O evento contou com a participação de entusiastas da ufologia, entre eles o consultor da revista UFO e pesquisador Vitório Pacaccin, que defendeu a veracidade dos relatos sobre o suposto contato extraterrestre ocorrido no município mineiro.
“Não foi apenas um ser”
Segundo Pacaccin, ao contrário do que se difundiu na época, pelo menos cinco criaturas foram capturadas, em uma operação que teria contado com apoio direto das Forças Armadas. Ele reforçou que a ação militar teria partido da Escola de Sargento das Armas (ESA), em Três Corações, cidade vizinha a Varginha.
“As Forças Armadas não iriam empreender toda uma operação militar para capturar um cachorro diferente, um gato diferente. Eles sabiam que aquelas criaturas eram seres extraterrestres”, declarou.
Pacaccin afirmou ainda que o episódio foi tratado com sigilo absoluto pelas autoridades, que teriam usado a estratégia do descrédito para ridicularizar os relatos e desestimular investigações independentes.
O caso que virou lenda
O suposto encontro extraterrestre em Varginha ficou conhecido em 1996, quando três mulheres relataram ter visto criaturas com olhos vermelhos e chifres. O episódio transformou a cidade na chamada “capital do ET”, atraindo a atenção da mídia nacional e internacional.
Em 2022, Varginha inaugurou o Memorial do ET, espaço cultural e turístico que reúne planetário, salas de exibição e a sede da Secretaria Municipal de Turismo.
O olhar do Congresso
Chico Alencar, autor do requerimento para a audiência, destacou que a discussão não tem foco exclusivo em seres de outro planeta, mas na importância da Lei de Acesso à Informação (LAI) e na soberania nacional.
“Um Ovni não significa uma nave extraterrestre; o termo é utilizado para descrever algo que não pôde ser identificado por quem observou. O sigilo sobre esses fenômenos só aumenta a expectativa e a curiosidade popular”, disse o deputado.
Protesto em tom de ironia
Ao final da sessão, um momento de protesto chamou atenção. O ativista Victor Rattes, que se identifica como membro do MBL, ironizou a audiência. “Eu estou usando esse chapéu de alumínio para representar o espírito desta reunião, mas deveria estar usando um chapéu de palhaço”, declarou.