Relâmpago mais longo do mundo é registrado nos EUA; saiba mais

julho 31, 2025 - 15:44
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Relâmpago mais longo do mundo é registrado nos EUA; saiba mais

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou oficialmente o novo recorde mundial do raio mais longo já registrado: uma impressionante descarga elétrica que percorreu 829 quilômetros de extensão em outubro de 2017. O fenômeno atravessou os céus dos Estados Unidos, do leste do Texas até as proximidades de Kansas City, e equivale, em distância, a uma viagem de carro de aproximadamente nove horas ou ao trajeto entre Paris e Veneza, na Europa.

O raio ultrapassou em 61 quilômetros o recorde anterior, de 768 km, que também havia sido registrado nos EUA, em 2020. A medição foi feita com base na chamada metodologia de distância máxima do grande círculo, que calcula a distância entre os dois pontos mais afastados de uma única descarga elétrica.

O raio recordista só foi identificado anos depois, graças ao reexame de dados por tecnologias de satélite mais modernas, como o GOES-16, da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA), que permitem capturar com maior precisão eventos atmosféricos extremos.

Avanço da ciência e riscos à segurança

“Os raios são uma fonte de admiração, mas também representam um grande perigo, responsável por inúmeras mortes todos os anos”, alertou Celeste Saulo, Secretária-Geral da OMM. Ela destacou a importância da detecção precisa desses fenômenos para garantir segurança pública, especialmente no setor aéreo e em situações relacionadas a incêndios florestais.

De acordo com os cientistas, o raio recordista se formou nas Grandes Planícies da América do Norte, região conhecida por suas condições propícias à formação de sistemas convectivos de mesoescala (MCS), que favorecem descargas elétricas atmosféricas de grande duração e alcance.

“O recorde evidencia o imenso poder da natureza e também demonstra o avanço da ciência na detecção e análise de eventos extremos”, afirmou o professor Randall Cerveny, relator de Extremos de Tempo e Clima da OMM. Para ele, é possível que fenômenos ainda mais impressionantes já tenham ocorrido, mas só agora, com o uso de tecnologias modernas, estamos em condições de identificá-los.

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