Quimioterapia: entenda como funciona e quais os avanços deste temido tratamento contra o câncer
Quimioterapia é uma palavra que evoca emoções complexas em muitos. Para alguns, pode ser sinônimo de esperança, um caminho potencial para a recuperação de doenças que antes eram consideradas intransponíveis. Para outros, pode trazer à mente imagens de luta e resistência, lembrando-os dos efeitos colaterais e desafios associados ao tratamento.
No entanto, independentemente da percepção individual, é inegável que a quimioterapia representa um dos avanços mais significativos da medicina moderna. Este texto visa desmistificar o tema, abordando o que é a quimioterapia, como ela funciona e as diferentes maneiras pelas quais os medicamentos são aplicados aos pacientes. Além disso, visa mostrar os avanços e as perspectivas para o futuro deste tratamento.
O que é quimioterapia e como funciona
A quimioterapia é um tratamento contra o câncer que utiliza medicamentos ou drogas para destruir ou impedir a multiplicação das células doentes. Diferentemente de outras formas de tratamento que atuam localmente, ela tem um efeito sistêmico, agindo em todo o corpo.
O funcionamento da quimioterapia está baseado no princípio de atacar as células que estão em rápida divisão, uma característica predominante das células cancerígenas. Este método terapêutico pode ser usado para curar o câncer, para controlar o seu crescimento ou para aliviar os sintomas, dependendo do tipo e estágio da doença.
Os medicamentos quimioterápicos podem ser administrados de várias formas:
- Intravenosa: É a via mais comum, onde o medicamento é injetado diretamente na veia.
- Oral: Por meio de comprimidos, cápsulas ou líquidos.
- Injeção muscular: O medicamento é aplicado no músculo.
- Injeção subcutânea: O medicamento é aplicado sob a pele.
- Tópica: Aplicação direta na pele.
- Intratecal: Aplicação no líquido cefalorraquidiano, geralmente usado para tratamento de cânceres que afetam o sistema nervoso central.
A frequência e a duração da quimioterapia variam de acordo com o tipo de câncer, o seu estágio e a resposta do corpo ao tratamento. Geralmente, é administrada em ciclos, permitindo que o corpo se recupere entre as doses. A combinação de medicamentos e o plano de tratamento são personalizados para cada paciente, com base nas necessidades específicas e na resposta ao tratamento.
Efeitos colaterais
Entre as células saudáveis que também se multiplicam rapidamente, estão as da medula óssea, do cabelo e do trato digestivo.
Os efeitos colaterais variam em gravidade e duração, dependendo do medicamento específico, da dose e do paciente. Os principais são:
- Fadiga: Um dos efeitos colaterais mais comuns, deixando os pacientes sentindo-se constantemente cansados.
- Queda de cabelo: Alopécia pode ocorrer, já que os folículos pilosos são estruturas de rápido crescimento.
- Problemas gastrointestinais: Náuseas, vômitos, diarreia ou constipação podem surgir devido ao impacto nos revestimentos do estômago e intestino.
- Supressão da medula óssea: Pode resultar em anemia, leucopenia ou trombocitopenia, deixando os pacientes propensos a infecções, fadiga ou sangramentos.
- Alterações na pele: Ressecamento, escurecimento ou coceira são possíveis.
- Neuropatia: Algumas drogas podem causar formigamento ou dormência em mãos e pés.
- Problemas bucais: Feridas ou ulcerações podem formar-se na boca.
- Alterações cognitivas: Dificuldades de concentração ou memória, frequentemente referidas como “nevoeiro cerebral”.
- Alterações de humor: Ansiedade e depressão são possíveis.
Esses são apenas alguns exemplos. Entretanto, vale ressaltar que nem todos os pacientes experienciarão todos esses efeitos.