Pastora morre e família alega falta de atendimento na UPA na BA

A pastora Adnailda Souza Santos, de 42 anos, faleceu na última terça-feira (11) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pau Miúdo, em Salvador (BA), em meio a uma suposta falta de atendimento médico. Imagens que circulam na internet mostram a pastora em uma cadeira de rodas, reclamando de falta de ar e pedindo por oxigênio, enquanto seu marido, que a acompanhava, gritava por socorro.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou uma nota afirmando que teve acesso às imagens das câmeras de segurança da unidade e analisou a cronologia do atendimento. Segundo a pasta, a paciente recebeu socorro imediato e o tempo entre sua chegada à unidade e o óbito foi de 1 hora e 8 minutos.
De acordo com a cronologia apresentada pela SMS, Adnailda chegou à UPA às 17h23, sendo levada diretamente para a sala de acolhimento em uma cadeira de rodas, sem passar pela recepção de classificação de risco. Às 17h30, seu marido começou a filmar e pedir atendimento, enquanto o médico estava em uma ligação telefônica. Dois minutos depois, a paciente entrou no consultório para atendimento.
A partir das 17h33, Adnailda recebeu atendimento na sala de estabilização, onde foram utilizados quatro cilindros de oxigênio, materiais para suporte avançado de vida e diversas manobras de reanimação. Apesar dos esforços da equipe, o óbito foi constatado às 18h31, após 46 minutos de tentativas de ressuscitação.
A morte da pastora gerou revolta entre familiares e internautas, que questionam a eficiência do atendimento prestado. A polícia foi acionada e acompanha o caso, enquanto a Secretaria de Saúde reforça que a paciente recebeu os cuidados necessários dentro do tempo registrado.