Mulher é presa em São Paulo por vender diplomas universitários falsos na internet

Setembro 10, 2025 - 23:01
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Mulher é presa em São Paulo por vender diplomas universitários falsos na internet

Uma mulher de 28 anos foi presa em flagrante nesta terça-feira (9) pela Polícia Civil de São Paulo, acusada de envolvimento em um esquema de venda de diplomas universitários falsificados. Os documentos estavam sendo comercializados pela internet por valores que giravam em torno de R$ 4 mil.

Segundo as investigações, a suspeita apresentou um diploma falso de fonoaudiologia, supostamente emitido por uma universidade localizada no Paraná. Durante o interrogatório, ela confessou o crime e afirmou que ela mesma emitiu o documento fraudulento.

O delegado Fernando Davi, responsável pelo caso, informou que a mulher já é investigada em Pernambuco por exercício ilegal da profissão. Ela teria atuado como dentista, sem qualquer formação legítima, e há denúncias registradas pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia do estado.

Esquema estruturado e com atuação nacional

De acordo com a polícia, o esquema envolve a falsificação de diplomas e também a criação de registros junto a conselhos profissionais, o que permitiria que pessoas sem formação adequada atuassem ilegalmente em áreas como medicina, odontologia, fonoaudiologia e outras profissões regulamentadas.

A fraude era divulgada em fóruns da Deep Web por uma empresa autodenominada “Comprar Diploma”. Nos anúncios, a empresa prometia a entrega de diplomas "autenticados", com carimbo e assinaturas falsificadas de reitores, diretores e secretários acadêmicos — tudo isso em até sete dias úteis e com preços a partir de R$ 3.997.

Para dar aparência de legitimidade, o esquema utilizava o nome de uma instituição de ensino superior privada, que seria usada como fachada para a suposta transferência do estudante. O nome da pessoa passava a constar nos registros da instituição, o que dava uma falsa legalidade ao diploma emitido.

A Polícia Civil continua investigando o caso para identificar outros envolvidos e possíveis beneficiários dos documentos falsos. A suspeita segue detida e pode responder por falsificação de documentos, estelionato e exercício ilegal da profissão.