Mulher é encontrada morta em casa após fazer 'harmonização de bumbum' em clínica
Uma mulher de 46 anos morreu no último sábado (11) após realizar um procedimento estético conhecido como “harmonização de bumbum” em uma clínica localizada em Recife, Pernambuco. Adriana Barros Lima Laurentino foi encontrada sem vida no banheiro de casa, pouco depois de ser liberada pela clínica. Segundo familiares, Adriana relatou dores intensas após o procedimento. O corpo foi sepultado na segunda-feira (13), no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife.
O procedimento foi realizado pelo médico Marcelo Alves Vasconcelos, que possui registro em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, mas não tem permissão do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) para atuar no estado. No Ceará, ele atende em uma clínica na Aldeota, região nobre de Fortaleza, e é sócio de outra unidade em Itapajé, no Vale do Curu.
De acordo com o atestado de óbito, a causa da morte foi “choque séptico” e “infecção no trato urinário”. Uma fiscalização realizada pelo Cremepe na clínica de Recife revelou que o local não possuía estrutura adequada para realizar esse tipo de intervenção. Além disso, foi constatado que o médico não tinha registro ativo no estado, o que caracteriza uma infração ética e legal.
O procedimento envolveu o uso de polimetilmetacrilato (PMMA), uma substância permitida pela Anvisa para fins corretivos, mas que não é indicada para aumento de volume corporal ou facial. Em 2023, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) pediu o banimento da substância, alertando para riscos graves, como inflamações, necroses, infecções persistentes e, em casos extremos, a morte.