Motorista de aplicativo morre após tiro dentro de oficina

abril 8, 2025 - 12:27
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Motorista de aplicativo morre após tiro dentro de oficina

O motorista de aplicativo Lucas Prado, de 35 anos, morreu na última quinta-feira (3) após 13 dias internado em um hospital do Distrito Federal. Ele foi baleado no dia 21 de março dentro de uma oficina mecânica no Guará, onde havia ido apenas para consertar seu carro, avaliado em cerca de R$ 100 mil.

De acordo com familiares, Lucas foi vítima de um disparo feito por André Luiz Rodrigues de Magalhães, filho do dono da oficina. Segundo testemunhas, os dois estavam juntos no veículo quando houve uma colisão leve ao saírem do estabelecimento. A discussão que se seguiu terminou em tragédia. Conforme a versão apresentada pela família da vítima, André Luiz se irritou com o acidente, entrou em uma sala da oficina, retornou armado e atirou contra Lucas.

A defesa de André Luiz, no entanto, sustenta uma versão diferente. Segundo os advogados, o suspeito teria reagido a uma tentativa de assalto supostamente anunciada por Lucas. André Luiz é registrado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), o que justificaria, segundo a defesa, a posse da arma usada no crime.

A alegação de tentativa de assalto é rechaçada pela família da vítima. Jorge Luiz Prado, pai de Lucas, questiona a versão com indignação. “Como que meu filho entra na oficina com um carro de R$ 100 mil e querem dizer que foi para assaltar? Isso foi mentira para tentar fazer meu filho de ladrão e sair de coitadinho”, afirmou, emocionado.

Ele também destacou que o filho era trabalhador e sustentava um menino de 7 anos. “Meu filho era trabalhador, trabalhava muito até. Agora tenho um neto pequeno que amava o pai e que agora ficou sem”, lamentou.

Uma testemunha confirmou ter presenciado a discussão entre Lucas e André Luiz, mas afirmou não ter ouvido qualquer menção a assalto ou roubo durante o desentendimento.

Após o ocorrido, André Luiz foi conduzido à 4ª Delegacia de Polícia do Guará, mas acabou liberado após audiência de custódia. A Polícia Civil do Distrito Federal segue investigando o caso, que ainda não teve nova tipificação criminal anunciada.

Em nota, a defesa de André Luiz afirmou que ele está “à disposição da Justiça, colaborando desde o início” e que “confia plenamente no trabalho da Justiça, que esclarecerá que agiu em legítima defesa”.

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