Lojas de brinquedos de SP são suspeitas de lavar dinheiro para o PCC

Outubro 22, 2025 - 09:21
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Lojas de brinquedos de SP são suspeitas de lavar dinheiro para o PCC
Fernando Frazão/Agência Brasil

Lojas de brinquedos infantis localizadas em quatro shoppings de São Paulo e da região metropolitana foram alvo, na manhã desta quarta-feira (22/10), de uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Civil e Secretaria da Fazenda Estadual. Batizada de Operação Plush, a ação tem como objetivo desarticular um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo o MPSP, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos shoppings Center Norte e Mooca, na capital, Internacional, em Guarulhos, e em outro centro comercial localizado em Santo André, no ABC paulista. A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens e valores que somam R$ 4,3 milhões, para garantir a futura reparação de danos e o pagamento de penas pecuniárias.

As investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) apontam que as lojas são ligadas a Claudio Marcos de Almeida, conhecido como “Django”, que foi um dos principais operadores do tráfico de drogas e de armas pesadas da facção. Django foi assassinado em janeiro de 2022, em meio a disputas internas do grupo criminoso.

De acordo com o MPSP, a ex-companheira de Django e a irmã dela são as atuais responsáveis pelas lojas investigadas. Elas não possuíam ocupação lícita declarada, mas realizaram investimentos de alto valor para abrir e manter quatro franquias da rede de brinquedos, usadas para movimentar recursos provenientes do tráfico.

Em abril de 2024, o nome de Django já havia aparecido na Operação Fim da Linha, quando o MPSP revelou que ele era um dos principais cotistas da UpBus, empresa de transporte urbano utilizada por integrantes do PCC para lavagem de dinheiro e disfarce de receitas ilícitas.

A Operação Plush segue em andamento, e os materiais apreendidos passarão por perícia para aprofundar a investigação sobre o fluxo financeiro e os beneficiários do esquema criminoso.