Homem acusa policiais de agressão e racismo durante abordagem, em SP
Ueslei Abreu, de 34 anos, acusa policiais militares de agressão e racismo após ter sido abordado e detido sem justificativa em Santos, no litoral de São Paulo. O caso ocorreu na última segunda-feira (9), no bairro do Gonzaga, depois que o alarme de uma farmácia disparou. Durante o episódio, Ueslei, que passeava com seus dois gatos, passou a noite em uma cela, enquanto os animais ficaram presos em uma mochila.
Relato da vítima
Segundo Ueslei, ele estava sentado próximo ao estabelecimento quando foi surpreendido pelos policiais militares. Ao questionar o motivo da abordagem, ele afirma ter recebido um tapa no rosto. Ainda de acordo com seu relato, as agressões continuaram e ele foi “arrastado” até a delegacia sem explicações.
Ueslei passou a noite algemado, acompanhado de seus gatos, que permaneceram dentro da mochila. Ao ser liberado, ele apresentava hematomas no olho esquerdo e no punho. Segundo ele, os policiais não perguntaram seu nome, profissão ou o motivo de estar no local.
Versão dos policiais
No boletim de ocorrência, os agentes afirmaram que foram acionados devido ao disparo do alarme da farmácia. Ao chegarem ao local, encontraram Ueslei sentado próximo à porta de ferro do estabelecimento, o que possivelmente teria acionado o sistema de segurança.
Ainda de acordo com os policiais, um dos agentes pediu que o homem ficasse de pé e levantasse a camiseta, o que foi feito. No entanto, ao solicitarem que ele colocasse as mãos na cabeça, Ueslei teria se aproximado dos agentes e questionado se a abordagem era motivada por sua cor de pele.
Os PMs relataram que, nesse momento, Ueslei teria cometido desacato, utilizando os termos “policiais de bosta”.