Golpe da Maquininha: como funciona, sinais de alerta e como se proteger dessa fraude cada vez mais comum

Nos últimos anos, o avanço das fraudes financeiras tem preocupado cada vez mais consumidores e comerciantes. Um dos golpes que mais vêm se destacando nesse cenário é o chamado golpe da maquininha, que utiliza equipamentos de pagamento adulterados ou manipulados para enganar vítimas e desviar dinheiro de forma quase imperceptível.
Como funciona o golpe da maquininha?
Esse golpe se aproveita da confiança nas maquininhas de cartão e do hábito das pessoas em realizar pagamentos digitais sem a devida verificação. Os criminosos agem como operadores legítimos, seja em estabelecimentos físicos, em entregas por aplicativos, no transporte por apps ou mesmo como ambulantes.
Quando a vítima insere o cartão na máquina, o fraudador pode:
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Alterar o valor da compra sem que o cliente perceba;
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Clonar os dados com um dispositivo acoplado (skimmer);
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Cobrar duas vezes sob o pretexto de erro na transação;
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Coletar a senha ao pedir que seja digitada antes da exibição do valor;
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Fingir que o visor está quebrado, dificultando a conferência do valor.
Principais variações do golpe
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Golpe do visor coberto ou “quebrado”: o criminoso diz que a tela da maquininha está com problema e mostra o valor “correto” em outro aparelho, mas o que é cobrado é muito maior.
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Compra duplicada: após uma transação bem-sucedida, o golpista finge que deu erro e pede que o pagamento seja feito de novo, cobrando duas vezes.
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Maquininha falsa ou adulterada: são usadas para copiar os dados do cartão e, em alguns casos, a senha.
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Erro no pagamento por aproximação: a máquina acusa erro no pagamento por NFC e, ao pedir para inserir o cartão, os dados são capturados.
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Golpe do delivery ou motorista de app: o golpista diz que há uma taxa extra ou altera o valor do pagamento escondendo o visor.
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Senha antecipada: a vítima é induzida a digitar a senha antes de o valor aparecer, facilitando fraudes.
Como identificar uma tentativa de golpe
Alguns sinais de alerta podem ajudar a evitar esse tipo de golpe:
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O operador se mostra apressado ou tenta manipular a maquininha constantemente.
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O visor está apagado, trincado, coberto com adesivo ou sujo.
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Solicitação para digitar a senha antes do valor ser mostrado.
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Máquinas com aparência diferente do padrão.
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Pedido de pagamento fora do app em casos de delivery ou transporte.
Como se proteger
A prevenção ainda é a melhor defesa. Veja algumas medidas que podem reduzir os riscos:
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Verifique sempre o valor na tela da maquininha antes de digitar a senha.
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Nunca entregue seu cartão a terceiros. Insira você mesmo o cartão na máquina.
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Cubra o teclado ao digitar sua senha.
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Ative as notificações de compras no aplicativo do banco para acompanhar transações em tempo real.
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Desconfie de pedidos de pagamento duplicado ou de erros na maquininha.
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Exija o comprovante da transação.
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Monitore sua fatura e extratos bancários com frequência.
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Evite concluir pagamentos em maquininhas com o visor encoberto ou danificado.
O que fazer se for vítima
Se perceber que foi alvo do golpe da maquininha:
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Bloqueie imediatamente o cartão e comunique o banco ou operadora.
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Registre um boletim de ocorrência em uma delegacia, com o máximo de informações.
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Solicite o estorno da transação ao banco, apresentando provas como print do extrato e relatos do ocorrido.
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Acompanhe o processo junto à instituição financeira e autoridades policiais.