Funkeiro Leandro Abusado morre devido à infecção por bactéria rara

O cantor Leandro Rogério, conhecido artisticamente como "Leandro e as Abusadas", faleceu nesta terça-feira (29) no Rio de Janeiro, aos 42 anos, em decorrência de complicações causadas por uma bactéria rara. Ele ficou famoso nos anos 2000 com o hit "Aqui no Baile do Egito", música que voltou aos holofotes recentemente após um relançamento em 2023, em parceria com o artista Cabbrau.
A confirmação da morte foi feita por meio de um comunicado oficial publicado nas redes sociais da equipe do cantor:
"É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso amigo Leandro, publicamente conhecido como 'Leandro e as Abusadas’."
Em março deste ano, Leandro revelou aos seguidores que havia sido diagnosticado com síndrome de Fournier — uma infecção bacteriana agressiva e rara que atinge os tecidos da região genital e do períneo, podendo provocar necrose. Em um vídeo gravado no hospital, ele explicou que demorou a procurar ajuda médica:
"Se vocês não cuidarem do corpo, pode inchar tudo, e nesse inchaço a bactéria já entra e começa a comer os pedaços de carne. Foi o que aconteceu comigo. Fiquei duas semanas convivendo com isso sem saber."
De acordo com Bruno Chaves, assessor do funkeiro, Leandro chegou a ser internado e iniciou o tratamento, sendo liberado posteriormente para continuar os cuidados em casa. No entanto, houve uma piora recente. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Irajá, mas não resistiu.
"Tem muitas pessoas que conseguem fazer o tratamento e se livrar da bactéria, mas outros não conseguem, e foi o caso dele", lamentou o assessor.
Leandro enfrentava dificuldades financeiras desde o agravamento da doença, já que estava impossibilitado de se apresentar. Por isso, amigos e familiares organizam uma vaquinha para cobrir os custos do funeral. O canal de doações está disponível no perfil oficial do cantor no Instagram, @leandroabusado.
O legado de Leandro permanece vivo entre os fãs do funk carioca, especialmente por seu estilo irreverente e pelas contribuições à cena nos anos 2000.