Dona e funcionários de clínica geriátrica são presos em flagrante por tortura de pacientes

Janeiro 22, 2025 - 20:27
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Dona e funcionários de clínica geriátrica são presos em flagrante por tortura de pacientes
Polícia Civil/Divulgação

Na última segunda-feira (20), a Polícia Civil fechou uma clínica geriátrica clandestina localizada no bairro Vila Elsa, em Viamão, Região Metropolitana de Porto Alegre. Um proprietário, o gerente e duas cuidadoras foram presos em flagrante por crimes de tortura, tráfico de entorpecentes e associação criminosa.

Denúncia anônima
A investigação foi iniciada após uma denúncia anônima recebida pelo Ministério Público (MP), que revelou condições desumanas no local. De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, a clínica abrigava 14 pacientes, incluindo idosos, dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais, em um ambiente insalubre e degradante.

Condições precárias e maus-tratos
Os internos viviam sem energia elétrica e eram interrompidos em quartos sem ventilação, com janelas gradeadas e portas trancadas pelo lado de fora. A polícia encontrou medicamentos e alimentos vencidos, remédios controlados sem prescrição médica, e pacientes acamados com doenças como escabiose, sem acesso a cuidados básicos de saúde.

“Havia pessoas necessitando de atendimento médico, sem condições mínimas de higiene, em uma estrutura precária, sem qualquer fiscalização ou vigilância”, detalhou a delegada. Relatos também apontaram que os internos eram agredidos e sedados pelos responsáveis ​​da clínica, que operavam de forma associativa para manter o esquema criminoso.

Prisões e fechamento da clínica
A operação investigada no resgate de todas as 14 pessoas internadas, que foram encaminhadas para cuidados adequados. A clínica foi interditada, e os presos, além de responderem por tortura, também enfrentaram acusações de tráfico de entorpecentes e associação criminosa.

O caso destaca a gravidade das situações enfrentadas por pessoas em instituições clandestinas e reforça a necessidade de denúncias para proteção transparente dos direitos humanos. A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar possíveis cúmplices e outros envolvidos no esquema.