Ana Castela processa investidor após acusação de golpe de R$150 milhões

Janeiro 24, 2025 - 15:27
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Ana Castela processa investidor após acusação de golpe de R$150 milhões
Reprodução/redes sociais

A cantora Ana Castela e o investidor Agesner Monteiro estão no centro de uma disputa judicial que envolve contratos, acusações de enriquecimento indevido e valores que podem ultrapassar R$ 150 milhões. Monteiro, que afirma ter 20% de participação contratual na carreira do artista, acusa a sertaneja e seus sócios, Rodolfo Alessi e Raphael Soares, de afastá-lo ilegalmente de lucros provenientes de shows, royalties e contratos publicitários.


Segundo Agesner, o contrato firmado prevê um investimento de R$ 100 mil em troca de 20% das receitas geradas por Ana Castela durante seis anos. Ele afirma que o acordo foi fundamental para o “boom” do artista, incluindo o financiamento de sucessos como Boiadeira Remix e Pipoco . No entanto, ele foi excluído da parceria em 2022, após a explosão da carreira da cantora.

Ana Castela, por sua vez, contesta a validade do contrato. A sertaneja alega que assinou o documento enquanto menor de idade, sob pressão e sem oportunidade de revisá-lo. Além disso, acusa Monteiro de ter investido apenas R$ 20 mil, e não os R$ 100 mil previstos. A cantora afirma que o contrato estava desequilibrado, beneficiando apenas o investidor.


Em resposta à ação de prestação de contas movidas por Monteiro, Ana Castela iniciou com um processo separado para declarar o contrato nulo. O artista argumenta que tomou a decisão de encerrar o acordo por meio de uma notificação extrajudicial em 2022.

Monteiro, por outro lado, acusa Ana Castela, seus pais e sócios de agirem com “oportunismo” ao rompê-lo unilateralmente, além de apresentar denúncias ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC-SP) sobre possíveis crimes, como lavagem de dinheiro e estelionato.

Entre as evidências apresentadas por Monteiro estão mensagens, documentos e análises financeiras que apontaram a importância de seus investimentos para a projeção nacional da cantora. Ele também questionou a contratação do advogado de defesa de Ana Castela, alegando possível interferência na imparcialidade do caso devido a vínculos familiares com o juiz original da 7ª Vara Cível de Londrina (PR).


Enquanto ambos os processos tramitam, a Justiça determinou que o caso movido por Ana Castela para declarar a nulidade do contrato fosse avaliado primeiro. Apenas após esta decisão será analisado o pedido de prestação de contas de Monteiro.